7 alternativas às palmadas nas crianças
7 alternativas às palmadas nas crianças

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Disciplinar uma criança não é tarefa fácil, principalmente quando passam por fases de independência e desobediência total. No entanto, recorrer à violência – mesmo que sejam umas palmadas leves – é apenas uma solução temporária para a indisciplina, pode incitar à agressividade nas próprias crianças, criar um clima de medo em casa e até piorar a situação. A cultura da disciplina positiva propõe várias alternativas às palmadas, tão ou mais eficientes, mas com resultados a longo prazo.
- Pausa para a criança. Uma pausa ou “time out” consiste em colocar a criança “de castigo” num espaço predefinido para esse efeito onde permanece o tempo suficiente para se acalmar ou perceber que se portou mal. Pode ser numa esquina, ao fundo das escadas ou numa cadeira específica e geralmente equivale-se o número de minutos dessa pausa à idade da criança. Por vezes, o simples facto de alertar a criança que irá para a zona de pausa caso continue a portar-se mal é o suficiente para que ela mude de atitude.
- Pausa para o adulto. Muitas vezes, uma criança leva uma palmada simplesmente porque a mãe ou o pai já não consegue ouvi-la a brigar com os irmãos, já não suporta a confusão de brinquedos que agora não quer arrumar ou a birra que parece não ter fim. Antes de levantar a mão numa situação como esta, respire fundo, diga à criança que se vai retirar durante alguns minutos e que quando chegar vão falar sobre o sucedido. Depois faça-o. Esta é uma maneira de aprender a ser um pai mais paciente e calmo – algo que vai acabar por se refletir nas crianças.
- Comunicação constante. Falar é sempre uma alternativa melhor ao bater, porque quando existem palmadas a criança nem sempre percebe o porquê – só sabe que não quer voltar a levá-las. Em vez disso, opte por falar calmamente com a criança, explicando-lhe o que fez mal e qual a melhor forma de proceder, usando sempre linguagem e exemplos apropriados à sua idade. Pode ser algo tão simples como: “fico triste quando vejo que deixaste os livros todos espalhados no chão, da próximo vez gostava que os arrumasses todos no seu lugar”.
- Apresente alternativas. Em vez de partir de imediato para as palmadas, respire fundo, enfrente a criança e apresente-lhe duas alternativas: “queres parar de gritar com o teu irmão ou ir brincar sozinha para o teu quarto?”. Esta é uma excelente forma não só de ensinar a criança a fazer boas escolhas, como torná-la mais obediente, menos indisciplinada.
- Perda de privilégios. Outra alternativa às palmadas pode passar pela perda de privilégios, ou seja, se a criança portou-se mal não terá direito a uma história antes de se deitar ou passará dois dias sem o seu brinquedo preferido. Este tipo de castigo mostra às crianças que existem consequências reais para os seus atos desafiadores.
- Elogios em vez de críticas. As crianças aprendem melhor o que é portarem-se bem através dos elogios, ao invés das críticas e das palmadas quando se portam mal. Ao destacar o bom comportamento da pequenada com palavras positivas, parabéns e mimos, irá motivá-la a manter essas condutas, sendo esta uma forma saudável e não-violenta de estabelecer, a longo prazo, o tipo de comportamentos que gostaria que a criança adotasse sempre.
- Disciplina positiva. Quando toca a disciplinar as crianças é natural que utilizemos mais a palavra “não” do que “sim” e quando elas desobedecem – que é o mais certo quando são negadas alguma coisa – respondemos com palmadas. Em vez disso, experimente formular os seus pedidos de forma positiva, ou seja, em vez de dizer “não podes ver o teu DVD enquanto não arrumares os brinquedos todos” diga “claro que podes ver o teu DVD, mas primeiro tens de arrumar os brinquedos”. E mais importante do que isso, é não recuar ou voltar atrás – as crianças precisam de compreender que existem consequências para todos os seus comportamentos – bons e maus – e essa disciplina pode ser perfeitamente conseguida sem recurso à violência.